17 novembro 2009

CASTELO DE SOUTOMAIOR

Galiza

O Castelo de Soutomaior localiza-se no Monte Viso, na província de Ponte Vedra, concelho de Soutomaior, paróquia de San Salvador de Soutomaior.

Tem uma posição dominante em relação ao território envolvente o que lhe permitiu, nos tempos da Galiza medieval, o controlo da passagem que ligava o litoral ao centro da Galiza.



O surgimento do castelo perde-se nos tempos. Há quem diga que já existia quando se deu a invasão mulçumana da Península Ibérica.

Ao que se supõe, no século XII, Paio Méndez Sorrelle, o primeiro a utilizar o apelido Soutomaior, teve interferência no surgimento deste castelo.



Dos Soutomaior destaca-se o cavaleiro feudal galego, Pedro Álvarez de Soutomaior, conhecido como Pedro Madruga (século XV).

Devido à Segunda Guerra Irmandinha na Galiza, Pedro Madruga refugia-se no norte de Portugal onde encontra apoios importantes da nobreza. Nessa altura casa-se com Teresa de Távora, filha de fidalgo português Álvaro de Távora.

Com apoio do rei português Afonso V e do seu sogro, Pedro Madruga organiza um exército numeroso de galegos e portugueses e invade o Sul da Galiza. De forma destemida e ousada chega a Santiago e ali derrota o exército inimigo, acabando com a guerra civil.



Galeria das Damas







Adarve - Caminho estreito, na parte interior do castelo, que permitia aos soldados terem acesso ao parapeito da muralha com ameias e seteiras.

06 novembro 2009

A FONTE DA MOIRA

Citânia de Sanfins de Ferreira
2009


A Citânia de Sanfins, situada no concelho de Paços de Ferreira, é uma das estações arqueológicas mais significativas da Cultura Castreja da Gallaecia (Noroeste Peninsular).

Os Romanos que iniciaram a ocupação do Noroeste Peninsula na sequência da campanha militar de Décimo Júnio Brutode (138 a.c. a 136 a.c.), escolheram ao que tudo indica a Citânia de Sanfins como capital dos povos situados a norte do rio Douro.

Com uma localização priveligiada, é possível visualizarmos com facilidade todo o vale de Eiriz situado a Sul como o Vale do rio Leça a norte. Devido à sua altitude consegue-se abranger, em dias de Sol, uma região ainda mais vasta, o que lhe deu primazia em relação a outros Castros da região.




A Lenda da Fonte da Moira

Estava um moço a abrir uma presa de água no monte da Citânia de Sanfins de Ferreira quando reparou numa linda rapaiga a lavar as suas teias de linho.

A jovem, ao reparar que ele ia abrir a presa, pediu-lhe para que esperasse um pouco.

O rapaz olhou-a nos olhos, sorriu... e concordou.

Entretanto, vendo que ela demorava e que tinha muitas teias de linho ainda por lavar, lembrou-se que naquele monte da Citânia havia moiras encantadas.

Temendo que a sua alma estivesse em perigo, resolveu abrir a presa.

Se bem pensou, assim o fez... Abriu a presa e desatou a correr pela levada abaixo temendo que a rapariga fosse uma moira encantada.

Os campos de cultivo estavam salvos e aquela água, percorrendo a levada, iria matar a sede das suas plantas.


A jovem moira, vendo-se enganada, amaldiçoou a presa:

- Nunca mais ninguém regará com a água da fonte que alimenta esta presa.

Os campos deixaram de receber a água e o rapaz, estranhando a situação, resolveu voltar à presa. Qual não foi o meu espanto, quando viu que a levada apenas estava orvalhada e a presa sem água.

A água da fonte passava o "olho" e escondia-se logo no lajedo...

Lembrou-se da rapariga e da sua promessa não cumprida.

Ainda hoje ninguém consegue aproveitar a água da Fonte da Moira, na encosta da Citânia de Sanfins de Ferreira.


Banhos públicos: "Untam-se com óleo duas vezes por dia em lugares especiais e tomam banhos de vapor, feito com pedras aquecidas a vapor pelo fogo e depois banham-se em água fria." de Estrabão